Desde á um mês para cá que tudo parece estar diferente, não só a cor das folhas se alterou, como também a natureza gélida do ar. O frio penetra mais fortemente na pele levando a textura fina dos lábios a ressequir. As estações do ano acompanham o crescer, acompanham o pensar desenvolvido da inerência de contextos e pretextos rotineiros. Tentamos espreitar pelo véu que impusemos a nos mesmos e descobrimos que não vale mais a pena, não vale mais o tempo desperdiçado em evidências ou clarividências óbvias que á partida nasceram connosco. Na pele, no sangue que percorre as nossas veias, nas células que geneticamente nos tornam aquilo que hoje somos, descobrimos uma outra realidade, uma outra perspectiva de noções e de quereres ocultos. Mistério que aparentemente se caracterizava medonho, assustador e naturalmente desconhecido, passa a ser uma entrada para um mundo de surpresas.
Podia idealizar-se de outro modo até ao fim das nossas vidas. E porque não? Nada nos impede. Nada nos impede de sonhar, de voar, de saltar a barreira e alcançar os nossos sonhos, conquistar as nossas alegrias, acompanhar os mais queridos e desenvolver as nossas aptidões.
Sinceramente que daqui ninguém passa, sinceramente que daqui ninguém nos leva, o coração permanece no mesmo lugar, o sentimento a uma Fé pertence, a um outro coração se protege, e as nossas lutas permitem que o mundo não acabe sem conhecer um pouco daquilo que pensamos já ter conhecido. Dé já vu ou não, tudo é cíclico porém cada ciclo trás sempre, e isto é certo, tras sempre uma nova experiência. Permitam-se expandir as cores do arco-íris!
By Marta Mendes
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