quarta-feira, 16 de julho de 2008

Majestic

Despi-me de preconceitos
Deitei fora as preocupações
Libertei a alma que
albergava alucinações.

A minha Terra permanece onde está
Os meus pés firmemente por cima dela
E a Lua a olhar por mim de cada vez que adormeço.
Protegida estou pelo sistema solar.


Já aqui enunciei a tua presença no meu ser,

Resta-me referir as tuas filhas Estrelas

Que também que me querem ver sorrir no cair da noite.

Adiante Coração destemido

Coração preenchido

Coração de Amor,
Em tempos, ora, queridas guerras.
Acautelo assim um Universo,
um Coração, uma Alma, uma Vida.

Conservo-te porque és o tudo e és o nada.
És o Infinito.



Marta Mendes









sexta-feira, 4 de julho de 2008

Resistir

Foi daqueles dias que repetiria por muitos anos. Tinha tudo. Não precisei de nada mais. Estavas lá para me segurar. O sol para me alegrar. O azul para me refrescar. O branco para me acalmar. Mas acima de tudo estavas lá tu para me conquistar. Perdi a conta de quantas vezes já tu me conquistaste. Das vezes que já me levaste para outros lugares. Não alcanço modo, palavra, gesto, figura que te caracterize. És absorvente. Pouco, talvez afirme. Estas mem me chegam para te reproduzir. Encaro-te uma vez mais como o perfeito, o ideal. Tens as cores que preciso para sobreviver. A luz para me representar. A intensidade para me viciar. E a força para não baixar. É um verdadeiro AMO-TE. Sincero. Evidentemente. Em tardes mais solicitadas, passou pela frente resistir-te porque te revoltaste com as minhas conquistas. Cedo compreendi a dimensão deste mundo cristalino e percebi que não alberga sentimentos desse foro. Desde então prometi-me que daqui nunca mais saías. É até ao fim. É até morrer. É até para sempre...


Marta Mendes

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Estou aqui

Vou-te contar. Se realmente acreditas, acredita até ao fim, e não permitas uma intromissão dúbia na tua esfera. Permite apenas e somente após certezas, se te achas na dúvida. Consente apenas e somente mediante partilha. Plena. Não permitas a tua submissão sem reservas ou condições. Dá-te ao luxo de pedir por aquilo que mereces. Tens direito a tudo, a todos os ingredientes que fazem o bolo. Se num dia só te dá açúcar, prepara-te; amanhã só terás farinha. Em pó ficarás tu se não aceitares a dura realidade das imprevisões. Opina pelas tuas pretensões, seguramente que assentam em valores escassos, bem assim raros de uma sociedade tão ridicularizada e desaproveitada. Rasga-te o coração em pedaços, tanto por ter como por não ter, valerá a pena remar contra a maré? Onde te levará um sonho tornado realidade se nem esse mesmo tem estrutura para suportar uma imaginação? Em que espaço físico assentam os meus pés, aqueles que me agarram á Terra, á realidade de ser humana? Vou-te contar. Se realmente acreditas, então é porque ao virar da esquina daquele edificio, naquele dia que chovia da cor dos teus olhos, sentiste que estava lá alguém para te segurar os pés na Terra.



Marta Mendes