Essa tua palma sobre a minha mão que tem que eu leia? Estou metida em confusão pela tua presença mas convicta de que és tu o coração que respondeu à minha chamada. Longe e presente, avançando e recuando, fizeste-te notar. Dentro deste panorama sei onde te procurar mas não como te alcançar. Os contos de princípes e princesas descrevo e transporto a esta era. Lá no alto do firmamento, de mão estendida, de braços abertos, o teu corpo recebe-me com as graças dos deuses que reinam lá nos céus. São estas constatações místicas que na sua percepção poderão encaminhar a tua existência pois não mais posso eu decifrar daquilo que cá na terra eu desconheço e não descodifico. Faltas-me tu. Revolta-te um pouco. Agita estes mares; humildemente a imensidão dos oceanos espera-te. Confesso-me às constelações estrelares desde a manhã em que o mar copiou cem vezes o verbo amar. Rejubilo porque isoladamente antevejo as tuas acções e declarações, e de novo tudo é possível. As gargalhadas imensas provocam o bem-estar acautelado de uma história comum. Que bem conheço eu a espera, a princípio é cadeira de balanço, seguidamente é copo de gelo com gin e limão numa casa de canção, e no fim de estar adormecida pela dor, caio numa cama ao acaso. Castigos desmedidos foram repetidos em tempos e repentinamente esquecidos do outro lado da ponte. Sem rancores. Não deixes que tenha mais uma noite sem lua.
1 comentário:
Afim de dar continuidade ao que Marta escreveu, lindamente, sobre a valsa da vida... deixo aqui a letra de uma música que fiz...
Música: A vida nos reuniu....
Vejo vc agora aqui
Não olho só nossos retratos
A sua presença renova esse lugar...
quero beijar seu rosto...
Sei que nem sempre foi tão bom assim...
No começo, meio ou fim?
Pra que pensar nisso de novo....
Se a vida nos reuniu...
Vamos viver
Todo o amor
Vamos crescer
Deixar toda dor
Vamos pra sempre
Eternizar essa paixão
Que nos incendeia
Pela Vida inteira
Enquanto há chama acesa...
Parabéns pelo que escreves!
Bjo Milton Batera
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